Os astrofísicos não descartam a possibilidade de encontrar um pequeno
planeta similar à Terra em menos de 10 anos, declarou nesta
segunda-feira (25) Ignaci Ribas, um dos organizadores do "Cool Stars
17", a reunião internacional sobre estrelas frias que ocorre em
Barcelona.
Ribas explicou que os especialistas já identificaram mais de 800 planetas ao redor das estrelas frias e que falta muito pouco para encontrarem um que seja muito parecido ao nosso.
Ribas explicou que os especialistas já identificaram mais de 800 planetas ao redor das estrelas frias e que falta muito pouco para encontrarem um que seja muito parecido ao nosso.
Segundo o especialista, apesar de saberem onde esse planeta
se encontra, a atual tecnologia ainda não é eficaz para este tipo de
experiência. No entanto, se este planeta fosse habitado por seres
inteligentes, Ribas destacou que seria possível conversar com eles
através de sinais de rádio, embora essa troca de mensagens poderia
demorar mais de 100 anos.
Ribas destacou que os planetas se concentram ao redor das estrelas
frias, que representam 80% das que se vêem e há no universo, entre elas o
Sol. Esses astros são chamados de "frios" porque sua temperatura está
abaixo dos 6 mil graus.
Em nossa galáxia há cerca de 200 mil estrelas frias, e as
estrelas quentes, que representam 20%, possuem uma temperatura que
oscila entre 20 mil e 50 mil graus.
Durante o encontro realizado em Barcelona, os especialistas
constataram que as estrelas frias podem ser 10% maior do que se pensava,
um dado que possui muita importância na hora de buscar modelos de
estudo.
Os especialistas envolvidos no "Cool Stars 17" também destacaram a
chamada "música das estrelas", ou seja, as vibrações que esses corpos
celestes possuem e que, de acordo com os astrofísicos, aparecem como uma
série de frequências, algo similar as notas musicais.
Segundo Ribas, que é astrofísico do Instituto de Ciências do
Espaço do CSIC-IEEC, o tom emitido pelas estrelas frias permite a
identificação de seu tamanho, sua composição e até sua evolução.
Neste encontro em Barcelona também foram apresentados alguns
resultados da missão Kepler (da Nasa), que possui o objetivo de detectar
planetas extra-solares através destas frequências com uma técnica
similar à sismografia, mas adaptada ao espaço.
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