Estudantes da Uniesp (União das Instituições Educacionais do Estado de São Paulo), em Santo André, realizaram protesto na noite de ontem contra o aumento nas mensalidades e a cobrança de taxa extra de R$ 220 nos cursos da instituição.
Com muitos protesto como "ninguém vai pagar", os estudantes encheram o pátio para pressionar o diretor Nemias Mota. Os alunos não concordam com novas regras impostas pela instituição na cobrança das mensalidades.
Com o reajuste, o curso de Letras, por exemplo, passaria de R$ 229 para R$ 443,99. Porém, os alunos têm de pagar a taxa extra para que a mensalidade salte para este valor. Se o aluno optar por não pagar a taxa extra, a mensalidade vai para R$ 573,99.
Porém, a faculdade concederá descontos de até R$ 250 aos estudantes que paguem as mensalidades até o primeiro dia útil.
"Só recebo uma vez por mês e não tenho como pagar essas taxas já em maio", reclamou a gerente de vendas Sonia Geroldo, 46 anos, que cursa o 3º semestre de Gestão Financeira.
O conselheiro tutelar Alexandre Gomes Fernandes, 50, começou o curso de Gestão em Logística neste ano. Com os novos valores, ele já pensa em desistir. "Assim não vai dar para continuar."
Desde o início da semana, a direção da Uniesp tem se reunido com representantes dos alunos, mas, segundo os estudantes, até agora, nada mudou. "Falam que são as normas da Uniesp", contou a estudante de Administração Bruna Soares, 24.
A Uniesp assumiu o Iesa (Instituto de Ensino Superior de Santo André) no início do ano.
Diretor da unidade, Nemias Mota disse ontem aos alunos que a decisão do impasse será do presidente da instituição, Fernando Costa, que deverá dar uma resposta hoje.
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