A IMPORTÂNCIA DA POLÍTICA PARA A QUALIDADE DE VIDA DO POVO BRASILEIRO

sexta-feira, 23 de setembro de 2011


Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados, Senhoras e Senhores que nos assistem e nos acompanham pelas redes sociais. Recém chegado a Câmara dos Deputados, venho à tribuna desta Casa do Povo Brasileiro para fazer algo que considero um nobre dever de ofício, SER A VOZ DOS CIDADÃOS PAULISTAS QUE ME ELEGERAM. Chego a esta Casa com uma história de vida pública desenvolvida, principalmente, em São Bernardo do Campo, Estado de São Paulo, palco de muitas lutas e das principais conquistas políticas que obtive até aqui. Na Prefeitura Municipal, fui Secretário de Saúde, nos períodos compreendidos entre 1984 e1988, 1993 e 1996, 1997 e 1999, além de Secretário de Governo, entre 1999 e2000; Vice-Prefeito, de 2001 a 2003; Prefeito, de 2003 a 2008. Tão dignas foram, também, as atividades exercidas como servidor municipal no cargo de médico, curando e salvando vidas. De tão diversas experiências, Senhor Presidente, fica primeiramente a gratidão ao nosso Deus –autor da vida - e a minha família, que me permitiram toda essa trajetória, ficando não apenas um sincero orgulho, mas também um profundo amor àquela terra, elevada admiração por aquele povo, imensos reconhecimentos e gratidão a todos. Hoje, como Deputado, exercendo o mandato delegado pelo povo paulista, desejo manifestar minha indignação com a situação política atual. O direito de ficar indignado é a força que impulsiona o povo para as grandes mudanças, pois somente quem tem esperança e almeja uma situação melhor demonstra essa indignação. Há tempos, constato – com pesar, evidentemente – a facilidade com que Partidos que nasceram sob o fundamento de governabilidade e ética, foram assimilando as práticas e as maneiras mais baixas de fazer política no Brasil. Essa tendência - apoiada no sentimento de impunidade que também é usual em nosso país - no exercício do poder exacerbou-se.Os problemas que estamos vivendo hoje no Brasil deixam bem claro, para mim, a necessidade de que o povo precisasse organizar com autonomia e independência para fazer valer seus direitos e,como decorrência, de que se faz necessário que os partidos políticos promovam, ampliem a participação da sociedade na vida pública e política, geralmente esquecida.Os Partidos Políticos devem abrir esse espaço que falta na sociedade até então dominada pelo autoritarismo. O objetivo é claro: construir uma sociedade justa e igualitária, na perspectiva de um Estado Democrático de Direito, como prevê o fundamento da República Federativa do Brasil, expresso na Carta Magna, intitulada “Constituição Cidadã”. Essa relação partida político e o povo anunciam também uma prática diferente – honesta e transparente –, um novo modo de lidar com a coisa pública. Entretanto, a realidade tem demonstrado que, na luta eleitoral e ao integrar-se às nossas instituições políticas, os partidos políticos pouco apouco estão se deformando e entrando em processo de deterioração. As múltiplasdistorções e insuficiências da democracia representativa brasileira, ainda em construção, contagiaram, fazendo com que, na prática, abandonassem a sua própria razão de existir. Como prefeito, durante dois mandatos,percebi com maior clareza os limites da ação dos governos. Estes condicionam e podem realizar muitas mudanças. E suas ações são inegavelmente decisivas, mas não são suficientes para transformar profunda e duradouramente a realidade como almejamos. Para superar efetivamente a injustiça, a desigualdade, o desrespeito à natureza, precisamos todos nos empenhar - individual e coletivamente - em ações transformadoras da nossa realidade concreta impulsionando as medidas governamentais. Por outro lado, para que o governo cumpra plenamente seu papel é preciso que as cidadãs e os cidadãos participem ativamente - com autonomia, sem manipulações - das decisões políticas dos Parlamentos e dos Governos. Ora, para essa participação não basta a representação política, propiciada pelos partidos. Naturalmente, temos que escolher bem nossos representantes, ajudá-los e fiscalizá-los. Mas, além disso, é preciso que o que vem sendo chamado de sociedade civil se torne a protagonista política respeitada no exercício do pleno direito da cidadania, tanto na sua ação autônoma em relação aos governos, quanto no acompanhamento da sua atuação, no controle social do poder público, uma vez que todo poder emana do povo e em seu nome é exercido. Em outras palavras, é preciso que a sociedade civil seja autora das transformações e tenha os partidos políticos como instrumento efetivo na ação política em geral. O caminho para essa atuação transformadora consciente dos cidadãos e para esse novo protagonismo da sociedade civil, no entanto, ainda é longo. Tanto os partidos políticos quanto os governos pouco fazem para abrir e ampliar o caminho para a efetiva participação popular – pelo contrário, procuram cooptar toda força nova que
surge na sociedade, para aumentar próprio poder. É necessário, portanto, construir uma nova cultura política, que exija transformações...

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