Câmara Municipal relembra a história dos Templários

A partir da esquerda, o vereador Ary de Oliveira, que presidiu a sessão solene e
David Caparelli, Prior OTD,

Criada por cruzados franceses em Jerusalém no ano 1118, a Ordem, que tinha como propósito proteger os peregrinos cristãos na Terra Santa, motivou a realização de uma sessão solene no Legislativo são-bernardense. A solenidade que comemorou o Dia dos Templários, celebrado em 20 de agosto, foi realizada nos termos da Resolução nº 2.411/2006. Vários integrantes da irmandade compareceram ao Plenário Tereza Delta na noite de sexta-feira, 31 de agosto, para acompanhar a cerimônia, presidida pelo vereador Ary de Oliveira (PSDB) Além dele, a mesa de honra foi composta por:

Dr. José Roberto Gil Fonseca, Secretário Municipal de Cidadania, Assuntos Jurídicos e Pessoa com Deficiência, representando o Prefeito Orlando Morando;

David Caparelli, Prior OTD (Ordo Templum Domini);

Kamel Aref Saab, Grão-mestre do Grande Oriente de São Paulo (GOSP);Kamel Aref Saab, Grão-mestre do Grande Oriente de São Paulo (GOSP);

Comendador Roberto Guazelli, presidente da Comendadoria ABCDM;

Ney Farias, Comendador de Minas Gerais;

Jamal Ribeiro, Comendador do Rio de Janeiro;

Tenente André, representando o tenente-coronel da Polícia Militar Roberto Nauheimer Filho.

Segundo Kamel Aref Saab, Grão-mestre do Grande Oriente de São Paulo, existe uma corrente que defende que os maçons descendem dos templários. De acordo com o dicionário Houaiss, a maçonaria é uma “sociedade semissecreta que tem como finalidade a prática da fraternidade entre seus membros. [...] Dividem-se em grupos chamados lojas e usam emblemas, distintivos e um código de sinais secretos para se reconhecerem”

Roque Cortez, secretário de relações públicas do Grande Oriente de São Paulo, explicou que, além de serem conhecidos como guerreiros monásticos, os templários “chegaram a ser apontados como grandes negociantes e ainda como sábios em diversas ciências”

David Caparelli, Prior OTD, é autor do livro “São Bernardo do Campo e sua Origem Templária”. Bernard de Clairvaux – São Bernardo, padroeiro da cidade – redigiu as regras monásticas da ordem, um conjunto de rigorosos deveres militares e religiosos baseado nos preceitos de São Benedito.

Ney Farias, Comendador de Minas Gerais, lembrou que a Cruz da Ordem de Cristo adornava as velas das caravelas que exploravam os mares desconhecidos e que chegaram à Terra de Vera Cruz.

Segundo Christina Dal Lin, historicamente não era permitida a presença de mulheres na Ordem, mas, nos dias atuais, elas também participam da irmandade e realizam as mesmas atividades dos homens, com destaque para as ações humanitárias

Roberto Guazzelli, presidente da Comendadoria ABCDM, adiantou que será organizado um curso sobre os Templários na cidade, com entrega de certificados aos participantes. 

Durante a sessão solene, os organizadores entregaram honrarias aos integrantes da mesa e a membros da Ordem por serviços prestados. (Fotos: Oscar Jupiraci.o nosso agradecimento).

“Fundada em 1118, a Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão tinha o objetivo de proteger os peregrinos cristãos que visitavam Jerusalém — em 1099, cavaleiros cristãos conseguiram conquistar a cidade, que estava sob domínio muçulmano. Mais conhecidos pelo nome de Cavaleiros Templários, os membros da Ordem faziam voto de castidade e de pobreza. 

Com sua sede no local onde existira o Templo de Salomão, os cavaleiros conquistaram prestígio militar e apoio político e religioso. Recebendo doações de terras na Europa e o dízimo de fiéis, os Templários começaram a rivalizar em poder com ordens religiosas e exércitos reais: em 1307, o rei Filipe IV de França enviou uma ordem de prisão a todos os templários que viviam em seu território. Em 1312, uma ordem papal extingue a existência dos Templários. 

Após o período de perseguição, não faltaram lendas e teorias da conspiração que envolviam a Ordem: registros medievais afirmavam que os cavaleiros localizaram tesouros no Templo de Salomão como o Santo Graal — o cálice utilizado por Jesus na Santa Ceia. Obras da cultura pop, como O Código da Vinci, reafirmaram o fascínio dessa antiga ordem militar e religiosa.”