No segundo filme da trilogia dirigida por Peter Jackson, cenas de aventura são divertidas e não cansam
Na bilheteria, “O Hobbit: Uma Jornada Inesperada”,
primeira parte da trilogia dirigida por Peter Jackson e baseada no
livro infantil de J.R.R. Tolkien, foi um sucesso estrondoso, arrecadando
mais de US$ 1 bilhão no mundo inteiro.
Mas muitos críticos e espectadores ficaram um pouco
desapontados com a lentidão do filme, que tinha uma longuíssima cena da
invasão da casa de Bilbo Bolseiro (Martin Freeman) pelos 13 anões
liderados por Thorin (Richard Armitage) e o consequente banquete caótico
ali promovido pelas visitas inesperadas.
Respirem aliviados, ó,
fãs de Tolkien e Peter Jackson, porque “O Hobbit: A Desolação de Smaug”
tem um ritmo muito mais intenso e uniforme. Tanto que pouco se sentem
suas duas horas e 41 minutos de duração.
É
um feito e tanto especialmente por se tratar do filme do meio, aquele
que liga as pontas entre o início e o encerramento da história e que
normalmente sofre de uma certa falta de propósito.
“A Desolação de Smaug” começa com um prólogo (com a famosa ponta de
Peter Jackson logo de cara) do encontro entre Thorin e Gandalf (Ian
McKellen), em que eles bolam o plano de recuperar a pedra Arken para
derrotar o terrível dragão Smaug (voz de Benedict Cumberbatch).
O
monstro se instalou na Montanha Solitária, ou Erebor, cidade riquíssima
fundada por Thráin que Thorin, seu descendente, quer recuperar para seu
povo.
Vão ser muitas as aventuras pelas quais o hobbit Bilbo e os
13 anões vão passar, especialmente depois da partida de Gandalf para
resolver outros assuntos. Eles vão se meter com aranhas gigantes, com os
elfos liderados pelo estranho Thranduil (Lee Pace), com humanos como o
Arqueiro Bard (Luke Evans), que vive numa cidade ameaçada por Smaug.
Jackson e seus co-roteiristas (assinam com ele Philippa Boyens, Fran
Walsh e Guillermo del Toro) também bolaram uma personagem que não existe
no universo de Tolkien, a elfa Tauriel (Evangeline Lilly, de “Lost”. É
uma adição bem-vinda num filme totalmente masculino, com direito até a
triângulo amoroso esboçado entre ela, Legolas (Orlando Bloom) e o anão
Kili (Aidan Turner).
A principal diferença de um filme como este e
outros tantos de ação que dominam as telas durante o ano inteiro é
mesmo ter um diretor como Peter Jackson. Ele faz parte de uma lista
seleta (formada também por Steven Spielberg, George Lucas) que consegue
fazer um filme de fantasia épico, mas que não se leva a sério demais. As
cenas de aventura são divertidas e não cansativas, especialmente a da
fuga em barris e a de Bilbo tentando enganar o terrível Smaug.
O
resultado é que, mesmo quando Peter Jackson homenageia seu próprio “O
Senhor dos Anéis”, a impressão que se tem é a de estar vendo algo novo.
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